treinava os livres diretos na entrada para a minha casa, ali, os cantos da alpendorada eram onde eu fazia magia, bem ao jeito de André Cruz, na altura ainda não havia Cristianos Ronaldos, e foram várias as lâmpadas que parti. quando partia uma lâmpada era sinonimo de gritaria lá por casa, era também sinonimo de ter falhado o tento, pois era derivado ao embate no poste ou barra que fazia tremer toda aquela estrutura metálica, que por sua vez fazia cair a lâmpada. Normalmente a malta dava á sola, como quem diz "estás tramado"...nos fins de semana, por norma aos Domingos depois de almoço, era dia de jogo grande, contra algum bairro rival, jogo esse que tinha sido previamente marcado na escola durante a semana. Se fosse em nossa casa era sinal de guardar as ovelhas dentro da cerca e tínhamos casa cheia, cheia de malucos pelo jogo, uma rivalidade louca, dentro de campo claro, pois na segunda-feira, dia após o jogo, lá estávamos nós nos corredores da escola, alguns até da mesma turma. Tínhamos camisolas brancas com direito a nome e número feitos á mão por nós, bastante profissionais que nós eramos ! Mesmo garotos, miúdos, eramos grandes, quando decidimos imortalizar o 8 após o Bolacha ter falecido......foi a enterrar dia 26 de Setembro e foi decidido que ninguém voltaria a usar esse mesmo número. Alguns jogos perdemos, outros vencemos, empatar é que não ! acabámos alguns jogos á chapada, tinha de ser.....mas ali, eramos felizes, sonhávamos, gritávamos, sei lá, eramos nós !
Chegou a haver dias em que após derrota e chapada á mistura íamos esperar sentados na paragem de autocarro pelo autocarro do clube, ups, pelos pais de algum jogador...e ainda assim, insatisfeitos pelos estalos dados voltávamos ao campo deles, e enquanto eles bebiam coca cola na garagem do Luis a festejar a vitória e os abrunhos mamados pelas ventas proferidos pelas nossas mãos......usávamos as mesmas mãos para desmontar as balizas deles. Segunda-feira eles inchados pelos corredores da escola era sinal de se vangloriarem pela sua vitória, mesmo que levassem um olho inchado, isso não lhes tirava a moral....mas aquele sorriso também era sinal de que ainda não haviam voltado ao campo, para perceberem que só havia ali paus no chão, prontos a arder.....ah pois é.....
eu ? eu era o 7, como Eric Cantona.....e Ricardo Sá Pinto.
Chegou a haver dias em que após derrota e chapada á mistura íamos esperar sentados na paragem de autocarro pelo autocarro do clube, ups, pelos pais de algum jogador...e ainda assim, insatisfeitos pelos estalos dados voltávamos ao campo deles, e enquanto eles bebiam coca cola na garagem do Luis a festejar a vitória e os abrunhos mamados pelas ventas proferidos pelas nossas mãos......usávamos as mesmas mãos para desmontar as balizas deles. Segunda-feira eles inchados pelos corredores da escola era sinal de se vangloriarem pela sua vitória, mesmo que levassem um olho inchado, isso não lhes tirava a moral....mas aquele sorriso também era sinal de que ainda não haviam voltado ao campo, para perceberem que só havia ali paus no chão, prontos a arder.....ah pois é.....
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