sábado, 18 de março de 2017

Ebora

Paulo e Lénia, certo dia deslocam-se a uma superfície comercial, vulgarmente designada de "papelaria", um espaço onde se comercializa desde um clip a uma cartolina, sem esquecer a borracha ou o lápis com a finalidade de adquirirem um, ou mais marcadores, para efetuarem marcas no vestuário de uma criança. Durante a sua permanência naquele espaço comercial foram alguns os objetos testados por Lénia, na sua própria roupa, claramente com o objetivo de garantir que iriam levar o objeto certo para a finalidade pretendida. Após alguns minutos na loja, e feita a escolha efetuaram o pagamento dos produtos e abandonaram as instalações.......Paulo, um Homem idóneo, possuidor de um inato poder humorístico, é contactado pelo seu Comandante a informar que havia recebido uma denúncia a dar conhecimento da sua presença em um espaço comercial de material escolar, onde o mesmo havia furtado alguns objetos e que havia prova material no sistema de videovigilância. Perante estas palavras, Paulo no seu estado de graça pensou que de uma brincadeira se tratava e que teria passado pelo seu comandante sem o ter cumprimentado. Após insistentemente questionar ao seu comandante onde é que o tinha visto, se apercebeu que aquele telefonema e acusações eram bem reais. Paulo incrédulo ao ouvir a acusação que lhe haviam feito, e na certeza de que não correspondia minimamente à verdade, dirigiu-se ao espaço comercial para que fossem dissipadas quaisquer dúvidas que haviam recaído sobre a sua pessoa, atentando contra a sua Honra e Moral quer como Homem, quer como Profissional.
Após o seu regresso ao espaço comercial, Paulo em conversa com quem o havia acusado solicitou que lhe mostrassem as provas matérias de que o mesmo havia perpetrado o furto do material, onde a funcionária lhe pediu desculpa, pois havia cometido um enorme equivoco, teria era ficado material inutilizado/danificado durante os "testes" que Lénia havia feito em sua roupa. Após estas palavras foram apresentados os bens matérias danificados e eis que para espanto de todos os presentes, nenhum daqueles objetos correspondiam aos testados e adquiridos por Paulo e Lénia. Visualizaram as imagens onde comprovaram que havia um enorme equivoco e não havia qualquer base que sustentasse toda aquela acusação, quer no furto, quer no dano supostamente cometido por aquele casal. Paulo e Lénia são clientes com alguma assiduidade daquele mesmo espaço e de certa forma conhecem os proprietários, não conseguindo compreender qual a razão para todo aquele cenário ridículo a que foram sujeitos. Paulo, um Profissional da Guarda Nacional Republicana vê a sua Honra como Homem e Militar ser denegrida perante os seus colegas e superiores hierárquicos com factos e argumentos longe da realidade.
Paulo e Lénia abandonaram as instalações após devolverem o material adquirido e pago, para doação a uma instituição de solidariedade mas garantiram que a fatura ficaria intacta para comprovarem o que havia sido adquirido de forma honesta, pago com o seu próprio dinheiro.
Um caso real, com pessoas reais mas com factos de ilícito criminal absolutamente imaginados pela mente de alguém que agiu sem pensar. Perante toda esta história com factos verídicos eis que surge uma única pergunta, e se fosse consigo ?



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