sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Shit / merde / bok / skit / kaka

tanta em uma só pessoa (merda, que é o titulo em algumas línguas....)


Muito se tem falado de um Jumentozito que vagueia por terras lusitanas....o Sr. Raposo....senhor o tanas, que eu próprio me considero um senhor, e não estou ao nível dele...aliás, ele está a anos de luz de chegar ao "estatuto" de Senhor...


Provavelmente depois de tanta mensagem ao Raposo...esta para mim...é sem duvida das melhores...




Henrique, meu amigo, puxa uma cadeira e senta-te perto de mim, Credo!, não a arrastes, não te ensinaram maneiras lá por Cascais?, como dizia... eu, Henrique, nem sei bem por onde começar. Enquanto penso, serve-te desse Vat-69 que te dão em Lisboa e que pensas ser Cardhu, eu contento-me com um tinto alentejano.
Henrique, o Alentejo molda o carácter de um Homem. A solidão e a quietude da planície dão-nos a espiritualidade, a tranquilidade e a calma para pensar antes de abrir a boca e dizer asneiras; as amplitudes térmicas dão-nos resistência física, a rusticidade, a coragem e um temperamento de guerreiro. Não é alentejano quem quer. Não se nasce alentejano, é-se alentejano. O que se sabes tu, um queque de Lisboa que nasceu com a vida ganha, sobre ceifar de sol a sol debaixo de 50º, e comer uma fatia de pão e meia sardinha a dividir por três? As pessoas não sabiam senão trabalhar Henrique. Não sabiam falar, quanto mais escrever o nome. Como nunca foram à escola, nunca puderam aprender a escrever e a ganhar a vida a escrever inutilidades como tu. Mas eram pessoas honradas. Eu sou neto desses alentejanos. Mas já tive sorte de estudar, sei ler e cultivei-me. Sabes, foi preciso Bartolomeu Dias regressar ao reino, depois de dobrar o Cabo das Tormentas, sem conseguir chegar à Índia, para D. João II perceber que só o costado de um alentejano conseguia suportar com o peso de um empreendimento daquele vulto. Aquilo que, para o homem comum, fica muito longe, para um alentejano, fica já ali. Para um alentejano, não há longe, nem distância, porque só um alentejano percebe intuitivamente que a vida não é uma corrida de velocidade, mas uma corrida de resistência onde a tartaruga leva sempre a melhor sobre a lebre. Foi, por esta razão, que D. Manuel decidiu entregar a chefia da armada decisiva ao alentejano Vasco da Gama. Mais de dois anos no mar... E, quando regressou, ao perguntar-lhe se a Índia era longe, Vasco da Gama respondeu: «Não, é já ali.». O fim do mundo, afinal, ficava ao virar da esquina. Somos um povo lutador Henrique, percebeste? Sofredor. Orgulhosos das nossas raízes. E desconfiados, tal como disseste a dada altura no teu vídeo.
E é por isso Henrique, que eu, porventura, estou aqui desconfiado que tu és capaz de ser atrasado mental.

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